sábado, 26 de dezembro de 2009

Cadê meu trenó?

Estive uns dias sem postar neste blog. A culpa não é tanto do Natal em si, mas do trânsito de Natal. Nesta época do ano vemos as coisas mais extraordinárias possíveis. Afinal, estamos parados quase o tempo todo em que estamos no carro, o que nos deixa tempo para observar e pensar. Quer dizer, alguns pensam, outros apenas se estressam.
Niterói simplesmente para nesta época! Não há escapatória, pois, indo para Icaraí ou para o Centro, trânsito é certo. Se resolver fugir da cidade, o caminho para Manilha e a Alameda estão certamente congestionadas.
Piora quando o Plaza pega fogo! E desta vez foi literal! O fogo se espalhou metaforicamente para a rua, com vendedores, consumidores e curiosos "festejando" na xv de novembro, onde havia, além de uma multidão, vendedores de cerveja e uma batucada. O incêndio virou festa! Mais uma rua fechada. Em frente à C&A também não era possível circular, pois os caminhões dos bombeiros passaram lá o dia todo, jogando o trânsito que desce do Ingá todo para ruas pequenas.
Falando em bombeiros... a festa de fim de ano da corporação é sempre imoral! É justo realizar uma confraternização de fim de ano, ainda mais para quem costuma colocar a vida em risco. Não é justo bloquear uma faixa da av. Marquês do Paraná com os carros dos bombeiros e da defesa civil para fazer uma festa!
Mas o mais interessante deste Natal foi, sem dúvida, o desespero das pessoas tentando fugir do trânsito. Em Niterói é comum vermos bicicletas e motos andando pela calçada como se fosse a coisa mais natural do mundo. Desta vez, parado na volta para casa, na Feliciano Sodré, antes da Alameda  ou da Contorno, um carro passa em alta velocidade à minha direita. Contudo, eu estava na faixa da direita. Sim, um vectra prata passava entre as árvores e o muro, pela calçada, num sinal de desespero e desrespeito claros.
Depois dessa eu só pensava: cadê meu trenó?!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Dia Romântico

Os românticos associavam seu estado de espírito à natureza. Em dias como o de hoje, duvido que ficassem tristes ou melancólicos por o céu estar cinza e chover o tempo todo. A não ser que não saíssem de casa!
O trânsito para quando chove! O que acontece? Há mais carros nas ruas? Todos andam mais devagar? Não conseguem ver que o sinal abriu e é hora de andar?

A melancolia de um dia chuvoso dura apenas até sair de casa. No carro, parado, vendo o tempo passar, há uma sensação de impossibilidade que causa, no máximo, revolta!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Sinais e motoristas do jeitinho

Hoje, vindo para o trabalho sob chuva, pegando o mesmo congestionamento de sempre, percebi que um dos sinais de trânsito estava destruído. Não sei se algum caminhão o acertou (afinal, os semáforos são colocados cada vez mais baixo e os caminhões são cada vez maiores) ou se alguém se revoltou e resolveu destruí-lo. Confesso que já pensei muitas vezes em destruir todos eles, mas me contive todas as vezes. Eles são muitos e proliferam com uma velocidade muito maior do que minha revolta.


Nos últimos 5 anos, entre a minha casa e meu trabalho surgiram mais 5 sinais de trânsito! Como a maioria dos sinais de Niterói, não são sincronizados, apesar de estarem todos na mesma via (General Castrioto – Benjamim Constant), uma das ligações entre São Gonçalo e Niterói. Não é preciso ser nenhum gênio para perceber que a antiga estrada que cortava a freguesia de Santana no século XIX não comporta o trânsito atual. Se você obrigar o trânsito a parar a todo o momento, não será mesmo possível fazer com que o fluxo de veículos ande. “Pensando” nisso, a Prefeitura tomou uma decisão (a mesma que ela utiliza na cidade toda, independentemente do problema): cones para alargar a pista e guardas de trânsito para apitar. Como os cones não são suficientes para duplicar a pista toda (até porque esta tentativa só ocorre no trecho em frente à antiga Sendas) e como não há um guarda para cada sinal, o resultado é simplesmente nada.



Talvez esta atitude, estou falando da colocação de cones e guardas, não da destruição do sinal, não se enganem!, tivesse mais resultado se a Prefeitura resolvesse finalmente duplicar a Benjamim Constant, como ouço falar desde quando ainda só tinha idade para andar no banco traseiro. Também poderiam colocar mais guardas, um em cada sinal, com comunicação entre eles, para eles fazerem por conta própria a sincronização que os semáforos não possuem. Além disso, faltam guardas para impedir os motoristas do jeitinho.



Para quem não sabe, motorista do jeitinho é aquele que acha que é melhor do que os demais e resolve dar um jeitinho de chegar na frente. Por isso eles pegam ruas na contramão, fazem fila tripla e quádrupla numa via que só tem duas faixas, passam na frente dos outros para ficarem parados fechando o cruzamento, etc. Há muitos desses todos os dias no meu caminho. Bastava um simples guardinha, desses de calça bordô, um quarteirão antes de onde eles costumam ficar, e os motoristas do jeitinho precisariam se comportar e deixar o trânsito andar direito.

Até a próxima!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Itinerário

Lembro que ouvi em algum lugar que Virginia Woolf dizia que se sentia mais livre dirigindo. Esse espírito de liberdade que parece que nos toma quando seguramos no volante realmente é ótimo! O problema é quando estamos presos no engarrafamento!

Em vez de ficar simplesmente parado amaldiçoando todos à minha frente, inclusive os guardas de trânsito (deveriam estar todos doentes, mortos, ou broxas se isso desse certo), resolvi começar a prestar atenção no que está acontecendo (ou não-acontecendo devido ao congestionamento). Este blog será o extravazamento dessas impressões de motorista tolhido em sua liberdade de locomoção. É parte do pensamento que se libertou no momento.

Como bom niteroiense, o ponto final deste blog será necessariamente meus caminhos pela cidade de Niterói (que parece comportar apenas o tráfego da Vila Real da Praia Grande). Claro que outros lugares podem suscitar novos textos, só depende de aonde ir...

Até a próxima!